A campanha VOZES DO E! segue desde 2019 exaltando e contemplando a diversidade, a equidade, a inclusão e, especialmente, o empoderamento feminino. E claro que em 2023, nada disso seria diferente: nós, do E!, seguimos quebrando barreiras.
Com talentos que prometem dar o que falar, nossa programação estará recheada de respeito e amor-próprio. Para o lançamento da campanha deste ano, em 8 de março – Dia Internacional da Mulher -, o E! convidou a artista Aline de Campos para criar camisetas que refletem o tema.
"Trabalho muito com empoderamento feminino, símbolos feministas, como mulheres fortes. A primeira coleção que fiz, por exemplo, trouxe a Frida, que apesar de ser um símbolo que todo mundo usa, a gente sabe de toda a história dela. E teve muito esse match [com o que o E! queria e o meu trabalho] nas minhas ilustrações de moda. Como eu trabalho com moda e dou aula de desenho, gosto muito de descontruir os padrões dos croquis e trabalhar nisso."
"Por exemplo, a figura da mulher gorda, as feministas, pra fugir um pouco daquele padrão tão eurocêntrico que a moda traz e também no croqui que é sempre aquela figura esguia, magra, alta. Eu tento descontruir tudo isso no meu trabalho", explicou a artista.
Processo Criativo das Camisetas
Aline conta que assim que recebeu o convite, começou fazendo uma pesquisa de referências sobre o tema, focando em poder, liberdade e empoderamento.
"Eu sempre gosto de pegar o tema central e ir destrincando. Eu fui chegando em uma ideia de trabalhar um pouco da escrita e do desenho livre, num estilo mais de grafite para trabalhar esse fundo da arte. Como se você tivesse na frente de um mural, de uma parede em branco e você pudesse pegar um pincel e uma tinta, e desenhar livremente. Acho que isso traz muita liberdade para o que a gente quer expressar."
"Depois adicionei a palavra 'free', que traz essa ideia de liberdade e também os símbolos femininos e da luta feminista, principalmente, que é o desenho do corpo, o croqui, o desenho da mão empoderada, da luta, da rosa – que tem um certo mistério e lembra um pouco a vulva – são mensagens meio subliminares, estereótipos do corpo feminino que são tratados como um tabu, mas que dentro da arte ele se transforma", acrescenta ela.
"A cor rosa neon não foi por ser feminino ou não, mas por conta do contraste entre o rosa neon e o branco, mais os desenhos em preto, o contorno... Eu acho que traz também essa coisa da força, da liberdade e de algo que é mais moderno, trazendo também uma tendencia de moda e me conectando com aquilo que eu faço."
Trabalho x História
A artista explica o quão importante é participar da campanha trabalhando com uma camiseta em branco, como se fosse uma "tela em branco".
Ela relembra quando a peça era usada como uma "roupa de baixo", como se fosse um pijama ou lingerie e, com o passar dos anos, foi trazida pelos jovens como uma forma de expressão a partir da década de 50. Com os próximos manifestos, como o movimento hippie, a camiseta foi tingida e ressaltou essa mensagem.
Ela apareceu pela primeira vez em uma campanha política nos anos 70 e 80; e depois, passou a se misturar com a música, entre principalmente as bandas de rock, nas próximas décadas até chegar ao dia a dia de toda uma geração atual.
"A camiseta pra mim tem esse peso muito importante, é uma peça muito versátil. Ela veste todos os corpos, do trabalho até uma festa. Ela consegue trazer essa mensagem. Essa conexão pra mim sempre foi muito forte. O convite pra fazer essas camisetas veio de encontro, deu o match! É muito do meu trabalho e do que vocês queriam."
"Me sinto muito, muito grata por ter participado! Me sinto muito feliz com o convite! Eu sou do interior de São Paulo, cheguei aqui há um ano. E junto com essa pegada eu trouxe o A de Antonia, que tem essa questão de a roupa ser usada, fazer essa questão da sustentabilidade, mas principalmente de fazer a roupa uma tela em branco, para poder expressar nossa arte, nossas ideias, nosso manifesto", finaliza.